Postagens

D&D e videogame (Combina?).

Imagem
  Mais um daqueles dias em que eu tento jogar videogame mas que eu queria mesmo era jogar RPG. Como não dá para fazer nenhum dos dois hoje, bora fazer um texto aleatório e postar sem editar (Como de praxe).  O Hobby é cheio de inspirações e referências advindas de outras mídias. Sempre foi assim, desde o princípio. O que seria de D&D se não fossem os contos weird, pulp, S&S e derivados que inspiraram gerações de designers, mestres e jogadores? O que seria de AD&D sem o Appendix N? Seria muito mais sem graça, isso é fato. Assim como seriam os videogames sem D&D. Muitos designers de jogos eletrônicos pelo mundo se inspiraram em D&D para produzir seus jogos. Muitos conceitos hoje básicos de jogos eletrônicos vem de D&D. Tão básicos que eu nem preciso citar aqui. Basta apertar o play que você se depara com vários conceitos que pareceram que brotaram do éter, mas que na verdade vieram foi de D&D. Lembro quando tudo ainda era contido nos ditos CRPG s(comp...

Sobre sistemas robustos em OSR (Saboreando o pecado do excesso)

Imagem
Estava tendo uma conversa no JACA sobre o sistema ACKSII e me rendeu algumas reflexões sobre o tema de sistemas robustos em OSR. Daí decidir condensar e organizar essas ideias e repostá-las aqui.   Por ACKSII ser um sistema que cobre todos os elementos originais do D&D que nem o D&D cobria bem (Não em seus core books, pelo menos. E especialmente não tão bem coeso com as regras principais como ACKS faz). Então é um sistema que serve pra todos os gostos pela amplitude de tópicos que aborda.  As pessoas costumam se assustar com o sistema achando que é um material que precisa ser usado todo ao mesmo tempo, assim como se confundem e também se assustam com as ofertas que  AD&D 1e oferece. Mas não é bem assim.  Cada parte de progressão do jogo (que podem durar inúmeras sessões por si só) tira proveito de uma parte específica das regras.   Quando a campanha começa, o jogo é basicamente igual, ou bastante semelhante, (pois as práticas de jogo pod...

IA (Inteligência Artificial) em RPG de mesa.

Imagem
  DISCLAIMER: A arte do título foi feita por IA (duh!) Vi hoje o enésimo post de revolta sobre uso de IA em RPG de mesa, sobre como a WOTC e seus executivos são insensíveis por usar essa tecnologia terrível em seus produtos e como isso deveria ser banido da existência e a empresa odiada por sua traição à raça humana. Fiz um comentário em um dos posts que tocam nesse tema e repito ele aqui:  " Ingênuo é quem acha que a IA não vai dominar o mercado cedo ou tarde. Faz parte do progresso, nada mais. Sempre quando aparece uma nova tecnologia tem gente que resiste, pra falhar miseravelmente depois, só pesquisar história. O foco tem que ser é no uso ético da ferramenta, não em querer banir seu uso. Isso é impossível e luta perdida. A mega corporação de estimação de alguns não se importa com você, seus gostos ou com sua suposta comunidade. Ela não quer saber dos seus direitos, dos seus desejos e da sua luta pela justiça social O que importa é o lucro, sempre foi, sempre será. E ela se...

Como deixar sua mesa de D&D clássico mais S&S (Sword&Sorcery)?

Imagem
Se você quer uma experiência mais autêntica de Sword & Sorcery baseada em três grandes autores do gênero (Howard, Lovecraft e Clark Ashton Smith)  e uma estética mais visceral para o seu jogo de faz de conta e rolagem de dados, trago essas dicas que aprendi lendo os clássicos e em alguns sistemas de qualidade inspirados em D&D.  Humanos como única raça jogável Sword & Sorcery clássica é centrada em protagonistas humanos, geralmente bárbaros, mercenários, ladrões e feiticeiros, que enfrentam  horrores cósmicos ou civilizações decadentes. Elfos, anões e outras raças tiram o foco da brutalidade e do horror da condição humana diante do desconhecido. Todos os humanos do jogo devem vir de culturas inspiradas na Idade do Bronze e anteriores, com forte influência das civilizações antigas, como sumérios, hititas e povos perdidos devorados pelo oceano.  Remova classes sagradas Na obra de Howard e Smith, sacerdotes são quase sempre fanáticos, decadentes ou corrompid...

Shadowdark é para você?

Imagem
DISCLAIMER: Isso não é um review meu, é apenas um apanhado de textos que falam sobre o sistema, organizados e resumidos para ajudar o leitor a decidir se o sistema é ou não para ele.    Como começou no dia 20/02/2025 o financiamento para Shadowdark no Brasil e muita gente tem se perguntado sobre o que é o sistema, além de querer entrar nessa de tocha apagada só confiando em premiação de ENNIES, segue abaixo um resumo dos conceitos gerais do sistema. Além de links com reviews que não polpam críticas, seguido de um resumo em tópicos desses reviews em ptbr para quem não lê em inglês, com os principais pontos dos textos: Shadowdark RPG diz incorporar elementos familiares dos jogos de fantasia clássicos, mas sem ser um retroclone. Com a proposta de ser algo nostálgico e ao mesmo tempo inovador (trazendo algumas mecânicas popularizadas pela 5e), o jogo apresenta algumas características curiosas para suas mecânicas. A exemplo, tochas duram uma hora, mas medida em tempo real. Tan...

"Mas o que Gygax faria?" O mal da idealização.

Imagem
  Gygax foi o cara. Ele cimentou o hobby que todos amamos odiar hoje. Graças a ele milhões de nerds antisociais gastam horas online discutindo bobagem na internet em vez de jogarem o jogo. Religiões foram criadas, Países dominados, até bilionários que planejam a dominação mundial se interessaram pelo jogo de fundo de quintal que virou estilo de vida no século XXI. Como já deu para perceber, esse não vai ser um texto histórico, mas sim vai tocar em momentos (facilmente verificáveis) da história do hobby para organizar o contexto e fazer uma crítica. Então, vamos lá.  Exageros (com fundo de verdade) à parte. Gygax realmente foi um autor prolífico, com seu ponto alto no início de carreira e depois com momentos de lucidez durante o resto de sua carreira, banhados por status de celebridade e declínio. Foi sem dúvida um autor que merece todo o respeito pelo seu legado, pois não só criou um jogo que prospera até hoje, mas por um período foi um designer que atingiu uma mina de ouro cr...

Em defesa dos retroclones e dos primos dos clones, contra o ataque dos "clownes" e os clones em conflito de identidade.

Imagem
Me mandaram um meme de um grupo de facebook aleatório outro dia criticando esses sistemas que se dizem inovadores mas que são na verdade o enésimo clone de D&D moderno. A gente não precisa ir muito longe para notar que isso é moda até aqui no Brasil faz bastante tempo. Desde que existe a OGL o pessoal daqui se "inspira" em D&D para fazer seus sistemas. Nada de errado nisso. Não julgo o mérito da época e contexto social em que foram criados ou no gosto geral da população nacional. Mas nada necessariamente bom surgiu também, mas isso já entra em questões subjetivas, gosto pessoal, conhecimento dos sistemas clássicos e etc.  O ponto aqui é fazer um comentário pessoal (como tudo nesse blog sem referência bibliográfica) sobre essa febre de fazer clone de D&D e em alguns casos porque as pessoas tem vergonha em dizer que seu jogo é só mais uma cópia do que veio antes com retoques de homebrew e o famigerado "sistema próprio". Não tenho a pretensão de fazer um ap...