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Alguns esclarecimentos sobre CAG "Roleplaying" e "Jeito certo de jogar D&D Oldschool "

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  A paixão eviscerante de alguns fãs me animaram a fazer um post rapidinho hoje sobre algo que respondi em um local que decidiu ficar triste e deletar minhas postagens e de outros para esconder a motivação real por trás da censura. Mas enfim, como diria a imagem no título, "Não iremos a lugar nenhum." Então, posto aqui algumas  das informações deletadas  para o deleite dos fãs e das pessoas comuns que só querem se informar.  Esse texto abaixo engloba a pergunta de dois locais diferentes. A comunidade em questão que citei acima e o JACA . No primeiro, foi perguntado o por quê o  CAG seria tão radical em dizer que seria o jeito certo de jogar D&D oldschool (Nunca disse isso) e que obra x, y, z e os vários Gygax das décadas posteriores ao lançamento do AD&D diziam que não é e etc. O segundo foi o do por quê o estilo rejeita completamente o "roleplaying" (não rejeita). Eu poderia simplesmente linkar as traduções 1 , 2 e  inúmeras outras que o Dustdigg...

Brozer, o filho do #BrOSR (Calma, não é um novo estilo)

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  Como uma segunda parte do texto sobre #BrOSR decidi aproveitar e falar sobre a principal produção que vi do movimento e que muito boa, por sinal.  Fiquei sabendo sobre o Brozer  a partir de uma  excelente entrevista de um dos caras do movimento no canal do Macris no youtube  . O video  mostrava como o cara usava ACKSII junto com AD&D1e (especificamente tabelas de monstros, covil e etc) em seu jogo e com isso produzia campanhas estilo BrOSR "Braunstein" com tudo que tem direito. Fiquei curioso e descobri que tinham lançado um livreto no dtrpg  fui logo lá e baixei para conferir. E...recomendo. Foi a forma mais prática para ver como montar uma campanha que adota os elementos tão peculiares da BrOSR de uma forma bem simples e como funcionaria uma campanha nesse estilo. Se você já leu sobre o BrOSR e sobre a parte que eles gostam ter na guerra cultural online, já sabem o que esperar sobre a forma que o texto é descrito. Mas não deixe isso te desani...

[OSE] Minha experiência com o módulo Winter's Daughter (Dolmenwood)

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  TL;DR: Se você quer um módulo bonitinho com pitadas de weird e contos de fadas e tem preguiça de ler e não tem tempo para se preparar e só quer uma sessão curta de jogo (Jogo jogado, não teatro com fadinha. Explico mais disso no texto). Vai fundo, ela quebra o galho. Mas não espere nada muito satisfatório. Se quer algo completo com múltiplas sessões e dark fantasy, vá para outro lugar.  WD saiu originalmente em 2019 e teve uma versão para OSE e para 5e. Obviamente a versão de 5e tinha várias páginas a mais, mas devido a ficha de monstros da 5e e descrições mecânicas típicas do jogo. Mas a versão que seguiu reprint foi a de OSE(com uma mudança de escolha questionável ) e atualmente vai sair para o sistema contido em Dolmenwood (mais uma vez, com mudanças, na minha humilde opinião, também questionáveis.) tem 24 páginas em formato A5 e cheio de imagens coloridas (muito bonitas, por sinal. Eu achei que ficaria pior colorido, mas ficou top). Ou seja, um micro módulo. Dito isso, m...

O que diabos é #BrOSR ? (Não, não é HueOSR. Nem é a mesma coisa que CAG)

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  Você deve estar se perguntando nesse momento porque eu estou aqui de novo falando mal de OSR brasileiro. Não, dessa vez não. Por incrível que pareça, brasileiro não tem culpa nenhuma dessa vez.  Em meados de 2022 +- eu comecei a ver pelas interweebs afora (Discord, mas por informação de segunda mão, de algo que estava bombando no Twitter). Logo, eu simplesmente ignorei, porque todos sabemos o tipo de coisa que vem de lá (antes e depois de mudar o nome, para mim nada mudou.) E para nenhuma surpresa, esse assunto persistiu especialmente pelos dramas de seus autores (que não é pertinente para esse post). Mas depois que a poeira abaixou (mais especificamente ano passado, logo depois de fazer o JACA ), eu decidi olhar mais sobre os fundamentos da coisa por trás da cada vez mais enfadonha guerra cultural ( que já perdeu a graça faz uns 5 anos),   e não é que a a proposta de jogo dos caras é interessante?  Pois bem, o que diabos é #BrOSR e porque você não precisa te...

Hype, Verniz e Promessas vazias: A vida do RPGista colecionador de "novidades".

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Já teve uma sensação meio estranha que bate toda vez que aparece um novo financiamento coletivo de  RPG “old school” ?. Você se anima todo, mas sente um desgaste de que vai se frustrar mais uma vez? Mas é irresistível, não é mesmo? A capinha é diferente, o nome soa super descolado, o texto promete uma experiência única e especial para toda a família. |Mas, quando você olha de perto, é o mesmo B/X de sempre (que não chega a ser um clone de qualidade), com texto "autoral" mas com regras ainda mais simplificadas e capadas de sempre, só com uma cara repintada? É como ver o mesmo disco sendo relançado com capa nova, vinil colorido e chamarem de revolução? Isso quando não metem uma bandeira ideológica junto para agregar na cultura e atrair os energéticos militantes de rede social para propagar a marca? A parte curiosa é que esses projetos costumam fazer sucesso. Arrecadam uma fortuna (varia com o tipo de financiamento e do nome do autor, eu sei), enchem a timeline das redes sociai...

Meu sistema de estimação é um retroclone como o Anon me disse por aí? E isso realmente importa?

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Eu provavelmente estarei me repetindo  Mas vem aí mais um post tendo que falar sobre o básico do básico. Vou tentar ser sucinto e didático (e obviamente falhar miseravelmente). Vamos lá.  Normalmente vejo pessoas rotulando sistemas novos como sendo retroclones disso ou daquilo, inspirados nisso ou naquilo e etc. E geralmente são comparações equivocadas.  Antes de tudo, para entender o que é um retroclone, é preciso entender o que é D&D e o que define D&D. Então, leia aqui se ainda não leu e depois volte nesse texto para ler o resto. (Claro, mais um lembrete de que tudo nesse blog é opinião. Então, faça uma leitura crítica de tudo e tire o melhor proveito.) Pronto, já leu? Então podemos continuar. Quando um jogo ou fanboy recomenda algo como sendo  "inspirado em", "retroclone de", "baseado em", "pegou várias coisas de" ele precisa deixar claro o que está querendo dizer com isso, pois quem consome seu produto ou sua recomendação precisa en...

Quer melhorar seu jogo? Esteja disposto a errar.

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Estava refletindo outro dia e conversando com um amigo antigo sobre o porque eu decidi mudar minha dinâmica de jogar RPG novamente de sistemas mais simples para algo mais complexo. Conversamos por bastante tempo relembrando como jogávamos antes, como mudamos de edições, mas nunca de D&D. E, principalmente, nossa disposição para errar até que acertamos às vezes, por um tempo (tanto na edição como na interpretação das regras). Perfeição em RPG de mesa simplesmente não existe.  A gente começou a jogar RPG no início dos anos 2000 e imediatamente caímos nas garras da 3e. Parcialmente, digamos, pois a gente nunca jogou o jogo RAW (Rules as Written) Mas mesmo assim usamos mais do que precisávamos na época. E foi assim até eu descobrir Pathfinder 1e, que por um brevíssimo período (amém!) pareceu boa ideia (Uau, é igual 3.5 mas mais detalhado!). Paramos de jogar depois de quebrar a cabeça por um tempo e ver que não era mais o tipo de jogo que achávamos divertido. Daí mais uns anos se pa...